Vozes LGBTQ

"Transversos", portada
A pink cover of a cartonera. —— La portada rosada de una cartonera.

O trabalho com a imprensa independente e de pequeno porte permite uma maior diversidade de vozes para publicar e disseminar. Como vimos na seção anterior, existe a necessidade de criar mais publicações em idiomas indígenas pois as editoras maiores tendem a priorizar obras em línguas europeias. Infelizmente, esse fato tem sido comprovado na história também em relação a gênero e sexualidade. Os profissionais das editoras são quase sempre homens, heterossexuais, cisgênero e privilegiados, oriundos das classes média e alta. O movimento cartonero traz uma maneira de contestar esse privilégio, como veremos nos exemplos a seguir.

"Violências contra existências trans e gênero diversas..."
Fragment of an essay that subverts cisgender binaries. —— Fragmento de un ensayo que subvierte los binarios de genero sexual.

Em seu ensaio, Viviane Vergueiro aponta dicotomias em termos de gênero e sexualidade com raízes na colonização europeia no Brasil. Essas dicotomias criam diferenças que atravessam as hierarquias e os resultados são a violência e outras formas de opressão.

"La voluntad de la memoria en la obra de José Monroy"
An essay that frames the work of Jose Carlos Monroy Rodriguez within LGBTQ subject matter. —— Un ensayo que posiciona la obra de José Carlos Monroy Rodríguez dentro de los temas de LGBTQ.

Erik Meneses (2021) examina a intersecionalidade de indigeneidade, gênero e sexualidade e busca a solidariedade entre comunidades que vêm sendo social e sistematicamente excluídas.

"Gay.o", portada
The purple cover of the cartonera "Gay.o" by Manuel Tzoc. —— La portada morada de la cartonera "Gay.o" de Manuel Tzoc.
"¡Peligro!"
A warning, here told as a joke. —— Una advertencia, aquí en forma de un chiste.
"Hay que poner en duda todo"
A poem that questions the categories that exist to talk about sexuality. —— Un poema que cuestiona las categorías que existen para hablar de la sexualidad.
"Gay.o"
A textual piece playing off the word "gay". —— Una obra visual que juega con la palabra "gay".

Tzoc (2015) prefere brincar um pouco em suas interrogações sobre sexualidade e designações mas sua mensagem, mesmo assim, ecoa as mensagens de outros autores destacados nesta seção: nossa missão é visualizar as construções contemporâneas de sexualidade e gênero como legados do colonialismo.